Hoje só queria um poema de alívio,
Que celebrasse a alegria implícita
Do que não digo.
Que disfarçasse o riso explícito
Desse caos que me rodeia.
E não encontra indícios que me chateia.
E assim pudesse, quem sabe,
Ter coragem de ler os livros que ainda não li
De abordar as minhas ideias de forma mais concreta
E de fotografar o instante
Pela minha objetiva.
Não, não me rotulem a um único estilo
Que não sou passível de síntese
Nem uma fileira de símbolos
Desconhecidos.