
Quando o amor esculpiu-me plácido
O Cupido nos jardins da ternura
Embevecido da candura
Também por mim se enamorou.
Fulguram-me as estrelas de Órion
Nesta paixão que nos arrebata.
Adentramos a mata fresca
Ocultamo-nos na poesia.
No remanso onde repouso desvelo
Delicados gestos que revelo
Pouco a pouco, posto que nada tem fim
Tampouco destino.
Em teu corpo eu selo rosas.
Planto perfumes como deuses astronautas
Apodero-me tacitamente
Dos teus altares.
E o silêncio quando coloriu o mundo
Veio depois
Que mergulhastes
Em mim, no profundo do meu azul
Para, que enfim
Corpo e Alma
Cantassem
A mesma canção...