Discípulo da ternura é amor,
aluno e professor ensina-me a viver, a me reconstruir aos poucos mais serena, pacífica
nas pequenas coisas, guerreira no que demanda vigor. Eu que hoje caminho
lentamente, que me ergo com delicadeza e cuidado vejo na vida que sou e a que
levo um grande ensinamento.
Todas as memórias acalentadoras
que trago foram importantes para que nesta fase da vida eu me visse com
plenitude no espelho do tempo. Amo meus sinais do tempo, não tenho qualquer
vergonha dos mesmos. Os aceito como parte de mim e do todo que se manifesta na
minha existência.
Meu corpo que não é mais o mesmo
celebra a vida. Ultrapassei a estética do instante e, constante aceitei cada
mudança necessária nesta busca de "nós".
Pego-me divagando pequenas
coisas, antes sem sentido, e que hoje incorporo como etapas do meu porvir.
Eu aguardo quase pacientemente a
chegada da luz, eu rogo braços fortes que embalem sonhos, eu oro para que o maior
de todos os tesouros me receba, assim como eu já o recebo em profunda gratidão
para com o universo.
Mas sei que o amor que hoje
vislumbro é parcial, que esta em formação e promovendo uma transformação que eu
já havia ouvido falar, mas que jamais havia experimentado.
Tudo que eu concebia como sendo
amor parece ter sido uma certeza momentânea, dessas que fez sentido por algum
tempo, mas que a vida que vivo agora aponta como sendo relativo, um conceito
que se tornou insuficiente quando penso no amar que, enfim, dure.
De tudo que ainda não sei, mas
que aguardo é que o amor ultrapassa a eternidade, e que te aguarda no meu
peito, no maior de todos os gestos de infinita ternidade.
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