Talvez daqui a mil anos, livre de todos os enganos
Meu coração se
liberte, posto que hoje, inerte, meu espírito
Apenas se compraz
de falíveis planos.
E quando os panos que hoje me cegam,
Além das
tempestades que me navegam,
Caírem como as
falsas afirmações do amar,
Talvez a criança
já tenha crescido,
E sejamos pessoas totalmente diferentes
Sem que nenhum
fantasma nos torne a assombrar.
Há uma ruptura
indelével no amor ferido.
E se a proximidade do fim restaura o começo,
Prefiro crer que o
levantar sublime justifica o tropeço,
O perfume das
nuvens equilibra e prepara
Para sermos mais profundos que a cova rasa
Onde jazem os amores perdidos.
Há, além das conjecturas,
um caminho no qual acredito,
Uma forma de amar,
um sentido,
Tão profundo quanto o túnel imaginário
Que me conecta além mar.
E é neste espaço que eu te encontro
Além do infinito, na fala que faz o espírito pacífico
Pelo olhar com o qual desmistifico
Meu simples gesto de amar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário