terça-feira, 22 de novembro de 2016
TEOLOGIA POÉTICA
Poderia o poema ser a paz
De uma alma inquieta, incapaz
De se dar por satisfeita com o trivial?
Seria ideal ter-se porções medicinais
De tenra poesia.
Valeria encapsular em homeopáticas doses
As andanças sensíveis dos olhos impertinentes,
E fazê-los meditar
Além dos singelos registros históricos.
Mas o poema não pacifica.
O poema é a solidez
Sem amarra formal.
E assim, em busca de paz
Jaz o poeta em conflito - íntimo-
Da mesma forma que o médico
O pedreiro
O padeiro
O pó
Permeiam
A alma de quem
Sente
De verdade
Todas as dores
Além mundo.
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