Sem meios termos
Sem termos mornos
Sem fornos ou geleiras.
De um extremo ao outro a alma
É o que é uma incógnita pronta a mudança.
Por vezes sem rumo, por outras sabe e assume
Que o que a resume não são as pequenas coisas
As suas intangências.
Não há tempo para beligerância que absolva
Pequenas fissuras que me decomponham
Quando já fui cristal rutilado e hoje
O espelho reflete um eu...
Que eu é visto?
Que eu é quisto?
O antigo, antes das próprias razões?
Do exercício do arbítrio ou arbitrário?
Não farei a inquisição apócrifa
Daqueles que ao final dirão:
Confessa que nada sabes!
Confesso nada sei.
E por isso eu verso o fogo
Das inquietudes em minhas mãos
Concretas palavras
Nessas lavras!
Na esperança de me libertar
Da pseudo sabedoria que me cerca.
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