Se eu pudesse ouvir tuas palavras,
A lavra da vinha do teu coração
Eu sinto - viveria esse
amor sem fim.
Flertaria a paixão sem enfado,
Em algum prado, onde busco teus olhos.
E se minha camisa eu molho pela solidão,
Esse meu desejo de ter-te além da ilusão,
Possuo-te em um recanto bucólico de mim.
A única coisa que posso dizer-te
É que teu corpo jamais conheceria
Da desventura da noite fria.
Somente da poesia, do canto...
Das fissuras do mais puro som de bandolins.
Dançaria sob sóis e outras estrelas,
Brincaria entre uvas e cerejas,
Faria um recital só pra te ver feliz!
Assim, quando a primeira brisa chegasse
E não mais a ansiedade imperasse
O amor restaria feito.
Como o amor que faço
Num rasgo entre o sagrado e o profano!
No profundo em que te guardo
Dentro do meu peito.
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