Ré confessa
Não lhe conheço, mas juntei pares de versos
E esta sou eu.
Triste, contente, resilente.
Doce e ópio.
Decretei a mim mesma duras penas.
Sem análises de dolo ou culpa, sou um tipo penal,
O qual necessita de prisão perpétua para atingir a liberdade.
Pouco a pouco me desvelo e crio outras...
Como um serial Killer mato o vellho e dou lugar ao novo.
Às vezes é um novo bom, mas nem sempre tenho êxito.
Estou em busca de um modelo imperfeito e incompleto.
Realístico.
Tento dominar meus bloqueios, dando lugar a entendimentos,
Mínimos entendimentos, pois o dia em que me entender completamente
Não restará lugar no reino de letras.
Meu crime é concretizar letras, as quais, postas em papel
Tornam-se letras mortas.
Sou ré confessa. Tirei vida de tantas letras, oriundas de vontades
As quais restam presas na jaula do meu subconsciente.
E essas letras, coitadas, mortas ou assim penso que estão,
Teimam em me perdoar e surgem novamente em minha inspiração...
Muito bom! Adorei.
ResponderExcluir.
ResponderExcluirSENTENÇA DE ABSOLVIÇÃO
Não te auto-condena menina das leis e das letras!
Não há crime sem lei que o defina e o que fazes
É simplesmente libertar palavras prisioneiras
Dessas que vivem no eter, no limbo do por aí...
E que através de ti - involuntário carnal canal -
Buscam a luz dos versos que se transmutam em poemas
Que independem de regras ou formas para existir...
Com certeza, poeta com eivos de auto-inquisidora,
Não cometestes crime algum e, aquela que é cega,
Não lhe imporá penas, nem advertências, porque
Aquela que brinca, tegiversa, esgrima e transmuta
O verbo em verso, comete alquimia e o milagre das
Palavras libertas e santificadas... És por definição
Agente da libertação de quem prisioneira estava...
Eu, servo de Themis e dos arautos da Liberdade,
Te absolvo de todos os seus fictos e inexistentes ais...
[ANJES]
Querido Anjes que lindo!!! Nossa...obrigada pela Sentença de Absolvição! É uma honra ver tuas letras aqui! Muito obrigada!
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