O jazz quebrou o silêncio
Que se vestia de pássaro
E um lastro de sol ardia
Entre o misto
De cortina de nuvem.
Nunca vi alguém reclamar
De bonança, naquele canto
Chamado de lar.
Enquanto isso as amoras,
Ainda verdes,
Eram a única espera válida.
Como uma música viciante
De Rod Stewart
Cuja letra eu nunca viveria
(Mesmo à custa de muita imaginação).
Uma coisa ainda me atrela ao chão:
O perfume do ser amado,
A seda da pele ao toque-discreto-
O olhar que não se entrega
Por completo...
Deixando um gosto
Cálido
De porvir.
E se o dia parece lânguido
Despido de objetivos, conceitos
E esperanças
O sentimento é outro...
De uma paz despertencente
A este instante
Onde a quietude
Beija minha boca.
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