O amor que tenho e trago
É um rasgo no peito de um cravo
Grafado em letras de amor.
Que se eu sou esse peito em flor
Derramando semente por onde passo,
É no abraço de um filho que repousa
O meu mundo.
E se dou luz em poesia
É em carne minha
Que repousa a suprema alegria.
Moldada na fineza delicada
De cristais de murano,
De bolhas de sabão,
Em renda francesa,
Na transitoriedade de um não
Com o qual educo,
Em que desejo que aprenda
Que o respeito vem antes de tudo
E que o amor é consequência da jornada.
Que eu sem meu filho
Sou o nada
E com ele sou superação.
Que eu sou o esplendor
Em seu sorriso, o canto
A concretude da sublimação.
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