quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

DE PASSAGEM




Há dias que não preciso entender nada.
Nem a mim, nem ao amor, nem ao poema.
Prevalece sempre uma dúvida, pequena,
Serena...que não carece explicação.
Talvez aquilo que se explica trinca a magia,
E a poesia fica tão mais bonita, quando
O que se quer dizer não é dito.
Às vezes penso que acredito que tudo
É um sonho, e o amor que te proponho,
Mesmo sem entendimento, é esse
Maravilhoso tormento,
Que me faz sentir tão viva por dentro.
E assim viajo até teus olhos, tocando
Pelos lábios teus cílios, e ainda que
Não me vejas, sentes-me enfim.

Tão dentro de ti.
Tão perdida em mim.
Tão acerca de ti.

E assim quando permeio mundos insanos
E digo que o amor não estava nos planos
É a mais pura verdade, que rasgo e te oferto
Nesse incerto, mas tão sincero encantamento.

Por certo passarão os dias,
E tantos passarão em tantas poesias,
E continuaremos a não entender
Apenas a nos amar
Infinita e
Mutuamente.

O dia foi corrido meu bem.
Só passei para dizer
EU TE AMO.



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