Quando tudo que eu queria era ser amada
Mas teu corpo de mim se distanciava
Tive frio, sede, fome e a carne dilacerada
Na tortura desumana que restava.
Não quisera os beijos que eu te dera
Não quisera os toques que te guardei
Não quisera nada meu, não me tomastes
E de te amar assim deixei.
O amor não tem tempo de espera
O amor só se veste de ternura
Quando nem o desejo assim impera
O amor se faz servo da amargura.
Não quisera ser um poço de doçura
Não quisera ser a causa ou a razão
Extirpastes da alma o resto da alvura
Famigerado jogou fora minha paixão.
Quando a ausência era tudo que havia
Deixei de amar o poema que escrevestes
Fui plantar na alma uma nova poesia
Do amor que tu me tinhas e que esquecestes.
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