Hoje senti
falta do teu beijo do toque
Das fissuras
que sem que se provoque arrebatam
Os olhos, as
vontades que cortavam até os papéis.
Hoje, apenas
hoje, rendi-me ao ensejo lírico
Daquele vagar
idílico em que tuas vestes e as minhas
Olhavam-se
desnudas sozinhas em algum lugar
Enquanto
rendiam-se dois corpos a amar.
Sou a mesma, o
anjo claro e escuro
A busca do que
não sei, mas procuro
Quando já não
sabes mais nem meu nome,
E não te lembras da minha fome
Ou do sabor agridoce
das minhas falas.
Interrompo o
devaneio apenas pelos torpores convulsos
Dos meus
soluços explícitos e dos desejos velados.
Surpreendi-me
revisitando um passado
Que já não sei
se me pertenceu,
Ou se é o
futuro que ainda não é
Plenamente
meu.
Apartado da alma
resta-me teu corpo
Um amontoado
de carne e osso
Essa lembrança
de um amor
Que ainda não
desapareceu.
E que me
arranha em pleito terminal
Da minha
febre...angelical...
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