Saberia teu ser não se entregar aos meus beijos
A manter-se incólume aos ardentes desejos
A não ceder às flâmulas dos pungentes ensejos?
Porque ainda que o tempo teça a sombra da distância
Da querência pontencializada qual ânsia...latência...
Há imanência dilatada em teus olhos...doce intangência.
Convulso soluço do teu corpo, a meia luz desse enfoque
Das estrelas que pincelam o céu do amar que te provoque
Focos de brilho de fogo que em rogo sucumbem ao toque.
Há perfume da pele a inebriar suspensa dança no ar
Há teu nome na carne a incendiar as plumas a bailar
Há toda fome das almas que se amam e não se podem olvidar...
Existo como o sentir além da razão
Que te instiga a entrega cega
Do impensado que a alma prega
Como orvalho da rosa que rega
O solo árido da paixão.
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