quarta-feira, 18 de abril de 2012

A NOITE DAS FLORES VI






Sabia-se único aquele sentimento feito em flor
Em que se desvestiu da pele e vestiu-se de olor.
Em que se permitiam a tântrica alternância
Entre o frio e o calor
Que semeavam carinho e simplesmente
Colhiam amor...
Padeciam do silêncio do crepúsculo quando passavam
A valsar em seus corpos etéreos quase minúsculos
Ante a imensidão do universo que os acolhia.
Davam-se como alados seres que vagavam, luzes de prata...
Na mata que do paraíso ao longe se via
Única era ela naquele meio a flor que enebria
Com seu perfume, seu sabor de especiaria
No regato daquele recato
Da mais fina e extasiante poesia...

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