quinta-feira, 10 de novembro de 2011

AMOR EM LETRAS



Eu gosto de palavrão, palavrinha, palavra!
Qualquer ajuntamento em si de letras
Que venha de uma lavra sensível.
E assim, fico olhando, como se fossem estrelas
Caídas, como caquinhos de algodão,
Diluídas em meu espírito seguem em roda...
Gosto destas manifestações de letras, das minhas, das outras
Que rompem o meu silêncio e que falam por mim.
E que desvendam o que ainda não sei...algo que acontece internamente.
E vejo nas letras além do horizonte que as imprimiu, uma fonte de água doce
Que banha minha alma, que revigora minhas forças. Que transforma.
Que me permite exercer todas as possibilidades,
Essa angústia de encerrar em uma só carne o riso, a dor, a vontade de amor,
O canto, o movimento o desprendimento de mim a vagar na poesia.
Assim, aceito tudo que há de vir. Pois sei que tudo que vem através da palavra liberta.
Em ponto de estado sereno a palavra é meu amor pleno.
É minha água do deserto de mim, da própria ausência de amor entre os homens.
A palavra me sustenta no vôo solitário, percorre a distância do imaginário.
Concretiza a fantasia, e como as tenho, estabelece metas internas.
É na palavra que me deito e com ela que me levanto.
É o meu leito de realização, o mel da minha boca, o perfume dos meus cabelos.
A orquestra dos meus sonhos.
E nessas galáxias de conflitos, muito além da razões postas,
O meio que busco para minhas respostas.
Quando ausente a palavra, nada me completa, o espírito não se aquieta.
Assim que venham todas, lindas, leves, mais que imperfeitas.
Palavra, palavrinha, palavrão...
Vento da minha asa, fogo...do meu...coração...
E sigo olhando o horizonte intrínseco da alma, rogando enfim,
Que a palavra jamais de desprenda de mim...


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