Clamor de desejos que ultrapassam o instante consumado.
Antes não tivesse me dado, agora já não posso negar.
Pois mesmo que resolvesse ignorá-la ela restaria no peito inflamado
Sublimemente a me rasgar...tomada sou pela paixão.
Assumi a carne fraca, essa querência em ardência da
Arte de se apaixonar. Quando o que se quer, quanto o que se tem
Nunca bastam. É lava que escorre o vale até que seja abarcada
Em oceano sem fim, em mar revoltoso, sigo a flutuar, banhando meu corpo em ti.
Em cada essência que me brota, em cada nota que me toca, baunilha e romãs
Nada me traz paz. É a fúria da paixão que corta, dilacera essa espera,
Em que agulhas e linhas não mais suturam as fissuras que marcam a pele.
Liricamente grito ao vento: eu me rendo, em pedaços não mais me sustento, sou o nada!
Enquanto corpos dormem outros seguem acesos, em lamparinas de óleo
Em pontas de faca a se perfurar.
Em marcas de grilhões, escravos da paixão
Em nova cicatriz na carne a se delinear...
AH! querida Poetisa
ResponderExcluirEm versos de palavras rasga desjos que a alma grita.Colocando de uma forma que é peculiar.Esta Trilogia está simplesmente linda!!!!!!!
Bjs de sua fã Lu
Obrigada Luciana! Você é alma irmã! Bjs! Mi
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