Nosso amor será platônico, em domínio da trama do tentar.
Vou, assim, para longe do amor que não me ama, a fim de letra apagar.
O amor versejou agoniosas vontades, seduziu-me em tom jocoso
Dizendo do amor puro que me tinha, mas que apenas era ato de gozo!
O amor perdeu o juízo pulou a janela da prosa,
Passou uma noite comigo, tomou vinho rendeu a rosa!
Falou de esperança, sol, e lua, ternura, vento, mel,
E aí, discursou sobre o ato de não amar! Destruindo o céu.
Eu que era papel, fiquei escrita pelo amor que não passava de poesia.
E esse amor que não ama? Ele fez amor!? Deixou-me sem ar!?
E como... Amei o ato do quase amor feito mesmo o amor sem amar.
E que amor é esse enfim em fina flor que não se deixa penetrar?
Que define em si como amor mas que não passa do ato de desejar!?
Trama o momento do arrepio, em que a pele se perde tesa.
Espreita a vitima, escolhe a arma, calcula a arte da guerra
Espreita as próprias incertezas e assim quando menos se espera
Derruba ao chão a presa em sacrifício de sua própria incerteza.
Doma a vontade posta na mesa, não se cansa até abocanhar!
Depois amassa o papel que de tanto amor desfeito passou a se rasgar!
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