Ainda não posso dizer eu te amo.
Trafeguei em artes de desejar e de me apaixonar
Rogando não ser cativada a ponto de querer
O ato de amar.
Qual arte em mim milenar
Sem tempo de inicio ou findar
Permeando meios de ser
Em suplício de me perder.
Ainda não posso dizer eu te amo.
Morta estou em dias e noites
Cravejando-me de açoites
Prostrada, do êxtase tântrico.
O amor que vem de festa
Dos bacanais de roma
Não é o amor que me doma
Nem o sentir que me inflama.
Ainda não posso dizer eu te amo.
O amor pleno e absoluto
Não me enlaça por indulto
Nem amordaça minha boca.
E caso teu beijo me livre da agonia,
Em atos que antecipem a trilogia,
Quem saiba eu diga se amor tu me és
Visto que amor é tripé:
Desejar
Apaixonar
Amar
E em completude tríplice,
Em tal ápice
Possa, enfim,
Chamar-te pelo coração e lábios:
De meu amor...
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