domingo, 20 de novembro de 2011

AREIAS DO ISOLAMENTO



Que dor essa que me exaspera de noites e dias de uma ilusão ingrata
De uma distante vida que não tenho de instantes impensados.
Rasgos de alma não me acalmam, romper de carnes não satisfazem
Calar-me não posso e de que adianta falar?
Se grito não ouço, os soluços silenciaram-me.
Corri mas já não tenho pés, entreguei-me e já não tenho paz.
Esqueça-me por favor.
Quisera acertar-me com o tempo, e virar a ammente, e restaria plena.
Ante a presença da sombra que me persegue. Sou mais amarga que féu.
Suma ainda é tempo, antes que no peito te plante o punhal
Sofra, pise, amarre, cegue com ferro quente, ou seja ,leve-me  e me
Destrua, mas me deixe ir, já sou outra, não sou tua!
Pintei-me em negra alma e fui a tua caça, em legítima defesa
Resto plantada em arma branca, se eu morrer será teu contento?
Corramos ainda é tempo, fujamos do enfrentamento.
Nada te assusta? Sinta o estrangulamento que passo!
Deixa-me ser terna, e fluir o choro do desfazimento
Para que purificada nas águas receba o nirvana
E volte a ser flor humana.pulheta contra o vento,
Para regressar ao passado, naquela encruzilhada,
Em que desafiei meus demônios antes de ver tua face,
De perceber esta existência que oblitera!
Areias que me sufocam, cada grão cairia nova

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