Tu és a alma que me arde, o espírito que me invade,
A parte que me completa, ternura predileta...encanto!
Paixão que sob a luz da lua tece fios de estrelas, que
brinca
Entre meus cabelos a fazer-me tranças, como se fossemos
Crianças a percorrer-nos por entre novelos em elos tão belos
Entrelaçando-nos sem paralelos, nos embalos de corpos
singelos.
Oh imensidão! Dança-me a sonata mais bela faz festa
Que a espera na janela cadência suave meu coração!
Recita-me o cântico dos cânticos e unta meu corpo
Que sou teu santuário, teu sublime relicário,
O mais intenso incenso, tua mirra, teu perfume
A Essência da tua essência fêmea,
A carne da tua carne -Alma Gêmea.
O lírio e a rosa, a inspiração e harmonia gloriosa epifania...
O toque de seda de pele macia, elevado torpor que acaricia.
A outra parte perfeita - a eleita
Esse eterno poema de amor.
Fulgura-me com teu semblante, alma amante desse anseio
No torpor que de mim não se esvazia sem enfado da poesia.
Colhe-me entre as flores da manhã que quando a tarde se
Avizinhar serei tua flecha – teu arco- tua maçã - e teu
alvo,
De ti não me quero a salvo, nem na aurora, nem ao meio dia.
Faz-me teu livro de amor...teu único ensejo,
Pois sou tua formosa arca...teu precioso tesouro,
O corpo do desejo que untas em mel dourado
No templo divino desse fogo sagrado!
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