Do amanhecer ao anoitecer delego às
estrelas
Guardiãs do meu sentir, em suas rendas
transparentes,
E às flores que me brotam neste peito
incandescente
A proteção do meu bem, meu pleito, meu
peito em teu leito.
Eu que durmo no tempestuoso céu
desfeito como uma cama
Sem lençóis a lembrar de nós da ternura
que escorrega,
Da ardência de fendas, de sendas vivas
de entregas
Que aguardam o brotar da seiva de um
lábio próximo.
Meu céu de amar é nu, perdido no êxtase
sublimado...
Da entrega transparente de uma alma
latente
Que se desvela...destituída de pudor...lânguida
de amor.
Amo apenas amo...
Entre o agreste corpo da paixão
E o orvalhado cantar madrigal,
Razão no ato de amar não há!
É volúpia que flagela e amortece
Súplica que alegra e entristece
Sentimento insano de agonia e paz
Quando muito ou pouco que se tenha
Do ser amado nada basta,
Pois só o infinito amar satisfaz!
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