Ainda é cedo e os carros andam, comandam.
Comigo, em volta do meu umbigo, a tua cabeça
Nesse ventre, o teu travesseiro
Celeiro de sonhos, aguarda o dia chamar.
Há semente a ser plantada, colhida, guardada
Há gente nascendo, morrendo fingindo que
Segue vivendo. Há a massa, que passa,
Cansada da batalha, apenas querendo tentar
Chegar em casa.
Há gente pregando preceitos, formando conceitos
Formulando defeitos sem sequer sair debaixo
Da própria asa.
Deixa tudo meu bem - abstraia.
Saia de si, venha à mim
Saia de si, venha à mim
Ainda é raso o parto e o corte da navalha,
É tudo o que o hoje nos fala.
Faça com que a vida valha, veste a mortalha
Alva, com cheiro de lavanda, anda, vem!
Que quando hoje findar, no seio de seu devaneio
Haverá o mesmo espaço de sossego,
Um canto de aconchego, um colo,
Onde o amanhã dos nossos sonhos
Se faz o presente do agora e se perpetua
Nesse ninho que te aguarda no caminho.
Um aguardo em intenso desejo, sentimento que grita dentro, pede em apelo, desabafo a vida ... um grito minha amiga ... que se faça luz dentro que ao atravessar esse caminho que percorre veja adiante a clareira a aguardar ... voz linda de se ouvir, voz sábia que sabe dizer de si, voz que não teme os olhos de quem julga na ferida que se arranha e assim doendo defende-se nua em sentimentos ... lindo texto, parabéns pela inspiração e grata por partilhar ... adorei. Beijos lindinha.
ResponderExcluirQuerida Kátia
ExcluirEmocionei-me ao ler teu comentário. Que o hoje flua como líquido cristal e eleve-nos. Agradeço a poesia por me conectar a almas evoluídas com a tua. Um beijo no coração. Obrigada por vir.
Com amor
Mirian