É muito provável que o amor um dia te reencontre
Cedo ou tarde ele segue a mesma rota
De tudo que nasce, cresce, floresce e voa
Como flor de cerejeira para o céu de amar.
Vez por outra o amor ainda me visita,
Para filosofar a lógica do que parece insano.
Ele sabe que o amo, mas as incongruências nos
Enganam, assim como o destempero do espírito.
Ao contrário do que se pensa o amor não tem respostas.
Diz que não sabe nada de nada e confessou
Que também chora, mas que o choro é bendito,
Que faz parte da criação e que na dor de amar
Há a beleza singular da pureza das águas
Desses meus olhos que são gotas rosadas
A verter seiva ao longo da estrada.
Perto ou distante ele pede para que se persista
Que a alma se dispa e se revista de serenidade
Que tudo passa, tudo é graça divina se há vida.
E que a morte também faz parte da vida e que
O eterno é um grande enigma.
Disse ainda que brinca com o tempo, que suspira
Compadecido pelas dores e fenômenos da natureza
Diante de tantos lamentos e questionamentos pede leveza
Como se tivesse certeza do que fala
Como se tivesse fé de que ele mesmo
Estivesse tão longe do fim
Enraizando-se tão dentro de mim...
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