E quem entende a minha dor
Quando eu já não sei de mim, assim, só
Como se o mar, a terra e o ar dessem nó
E acobertassem a clausura de meu próprio pó.
Seria lícito sofrer calado quando o grito
Já escorre pela boca? Louca, é tudo que ouço
No calabouço das tuas mentiras.
Há um pranto calado seco
Escuro como o lado oculto da lua,
Que na negra paz de seu mistério
Ainda implora por ser tua.
Haveria alguma pista de ti para mim?
Ou seria o próprio fim de nós mesmos!?
Ao final é sempre triste quando ainda existe amor
E o corte fere o canalha com sua própria navalha
Talvez pouca coisa na vida,
Em meio a crises seja eficiente,
E amargo o sentir de que o amor
Sozinho possa não ser suficiente.
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