Talvez tu nunca me possas amar, nem um pouco,
Nem completamente do jeito que preciso, da forma
Que minha alma sonha - e assim eu viva de imaginar
Teus olhos, em brilho próprio de meu ópio, amendoados
Sentado no horizonte rabiscando teu destino.
Quando a vida me disse que nada se encontra posto
E que somos o desejo explícito do que resta proposto
Acordei.
Meu amor nada mudou, nem em linha reta, nem em verso
Meu amor mudou nada, nem mesmo a mecânica do universo
Mas de que adianta falar
Se você ainda não despertou?
Vim ver das flores, nesses vales de infindos amores,
Porque se na vida temos mais de um amor, quantos nos
Amaram, nos amam ou nos amarão?
Eu sempre venho ver dos amores, neste vales de infidas flores
Porque se na vida nada é findo e tudo ainda pode ser lindo
Talvez o teu amor ainda me venha,
Antes que seja tarde,
Na mais linda
De todas
As flores.
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