Divina face que chora cravejada de espinhos
Em teu sangue haveria redenção amorosa?
Com o tempo haverá outra flor em teu caminho?
E assim te olvidarás daquela suculenta rosa?
O perfume que se esparramava pelo ar
Fez a terra em pleno gozo jubilar
Fez a noite beijar o sol no entardecer
E a lua ao orvalho se liquescer.
Beijaram-se rosa e divina face
Num instante infindo
Como se tudo fosse sagrado.
E o beijo já não possuía disfarce
Daquilo que já era vindo
E em sangue sacramentado.
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