domingo, 15 de janeiro de 2012

(DES)GOSTO



Era um rosto como outro qualquer
Que falava a uma mulher dos seus gostos.
Era depois do mês de agosto e o cachorro
Ainda louco, encontrou-se indisposto
Com um fim proposto- dar-se ao caos.

Há ciclos em todos os cantos
Desencantos, horas imprestáveis que ocupam
As areias do tempo entre o agora e o porvir.

Toma um gole do que sinto
Um poço desse absinto
Essa sensação de que é tarde.
Se gostei ou se quis
Se fui feliz ou amei
Sei o que sei e é muito.
No passado foste o vinho do meu gosto.
Hoje és vinagre que cuspo em desgosto.

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