Seria um mero modus operandi, em que se prega
O prego e se emprega uma regra de dois pesos e duas medidas.
E a vida esse pivô que dilacera a espera, ou vice e versa
Ainda versa o meio de sentir.
Confesso -não entendo:
Porque o sábio espalha o conhecimento na rua,
Na carne crua, no espaço público, pudico e aliterado.
Mas em casa!?
Nada!
É aquele velho ditado...santo de casa não faz milagre.
Milagre é coisa que independe de quem acredita, de reza,
Pois acha que quem se preza se posta ereto
Olha o teto e só contesta
Quando acha que a festa vai valer o gasto do sapato.
Paro e penso que nessa conjuntura, vivo esse hiato
Essa vontade de correr- mesmo sem preparo-
E ver se me encontro, no mesmo ponto que me perdi.
Até onde o senso comum é comum, até onde ser mais um
É o exercício de acordar ou concordar?
Existem sábios que disseram que nada sabiam,
Outros te dizem que tu nada sabes, professam verdades
Ocultam mentem.
Sempre, debaixo do pano há o engano
A imperfeição do ser humano,
Mais um dia, um mês, um ano
É sempre a fome de compreensão que impera,
Em qualquer era, essa espera, quer seja
Na casa do sábio, do tolo, do pouco probo
Daquele milagre que o incrédulo não crê
Mas que no fundo implora que venha a acontecer.
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