Hei de amar ainda que não me ames
Que amor não pede troca-ama por inércia
Desprendido de si mesmo-vontade autônoma.
Complexo, alienígena é o amor,
Pois me transporta a mundos-outros além de mim.
Hei de perdoar, por certo na medida indivisível
Sendo o amor um ser crível, perplexo
Aceitá-lo ou consumi-lo é ciclo profético.
O amor não se toma, não se leva
Sua consistência não se mescla
Qual óleo e água.
Sua natureza é de elemento intransmutável.
Já a paixão é alquimia-um pouco a mais
Ou a menos e temos-um sem fim de ti
O nada de mim-a eterna vontade dos seres.
Enquanto rasga-me a paixão
O amor é linha e agulha
Enquanto salva-me o amor,
Por ser o todo,
A paixão é mera fagulha.
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