terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O DOM DE AMAR



Dou-me ao amor sempre
Em qualquer latitude,
Em qualquer longitude,
Que longe ou perto
O amor tem essa amplitude
De me levar ao ar
De me levar ao mar
De me jogar ao chão
De me estender a mão.

Dou-me ao amor sem seta
Sem meta, sem direção
Ando solta, na contramão
Sem freio, sem meio.
Sem nada.

Amo mesmo, juro que amo
O passado, o agora
Por hora não sei se amo o futuro
Que em cima de um muro
Ainda não aconteceu.
Amo o que é meu
E o que não é
Que se o amor é de ninguém
Ele há de amar
A mim também.

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