domingo, 15 de janeiro de 2012

A MONTANHA



Penso tanto em ti que é seco o pranto que choro
Como a vida que laboro fugidia de mim.
E essa estrada sem fim de estrelas gastas e de
Pouco brilho é o trilho de um imaginário trem
Enquanto por inteiro você não vem.

Desfaço a mala, de volta em casa
Buscando um destino, talvez o sul
Talvez o céu, em alguma montanha,
Pois quando Maomé não vem,
E nem a montanha caminha
A solidão se avizinha na noite que me tem.

E fosse uma noite um curto espaço,
Mas noites são abraços que não quero
São monstros e me oblitero
Enquanto segue a vida e em mais um
Triste e infinito dia ainda te espero.

E talvez quando você se dê conta
Que a vida passou
A montanha terá finalmente partido
Para algum novo destino
Em busca do verdadeiro amor!

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