terça-feira, 4 de agosto de 2015

TEMPLO DA ALMA

Encanta-me teu tom sereno menina,
Teu sorrir traz a forma oculta
Descendente minha,
E avizinha teu ser
Da minha alma.

Teus delicados traços contrastam,
Os dias quentes e a correria,
Que a vida alucina
Menina... A vida sozinha
Alucina.
Sei apenas que velo,
Tua viagem sendo
O castelo
O elo
O templo
E o ventre
Que te carregou.

Entre nós o materno vínculo
Suplantando minhas dores.
Tu colhes flores,
Faz som e paz,
Reformou meu jardim
E tornou terno
Nosso jardineiro.

Olha ao longe menina
As amorosas manifestações,
A delicadeza da rosa
A leveza dos que volitam
O frescor bendito
Das águas que te aguardam.

És mais qua minha metade
Ou a essência que me habita.

És a borboleta
Que transforma
O coração
De quem
Acredita.