quinta-feira, 12 de abril de 2018

ALITERAÇÕES OU A DESNECESSIDADE DE DIZER QUE TE AMO TANTO




O que pode trazer mais felicidade
Que a brisa fresca que invade
A tarde que antes se fazia quente?
E se a gente vê contentamento
Em coisas como o pensamento
Que vagueia o arco-íris,
O beijo roubado ao pé da porta
Nos exorta a alegria.
Nasce, assim, um poema bobo
E tão cheio de poesia!

É um apuro da alma 
Apegar-se à leveza.
Acalentar-se na grandeza
Das pequenas coisas.
(Imensuráveis atos da paixão
Que se guardou no amor renovado).

O amor é o meu pequeno,
De olhar, sereno,
De gesto delicado,
De inteligência ímpar,
De crítica afiada,
De paciência quase fícta...

O amor, próprio, materno ou romântico
É parte deste instante quântico
Em que nada mais
Precisa de explicação...