segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Soneto de Amor Inspirado em Drummond




De tanto ver o amor de Drummond
Penso até que o amor é bom.
Amor sem tom,
Amor descompassado.

Amor de muitos
E poucos versos.
Amor disperso ou centrado!
Amor simples e complexo.

Eu sempre vou amar o amor
Enquanto eu existir?
Amar a mim!

Eu sempre vou amar o amor
Doce, amargo, com ou sem afago
É o amor que trago...Até o fim!

Soneto de Amor Inspirado em Drummond




  

Soneto de Amor Inspirado em Drummond



De tanto ver o amor de Drummond

Penso até que o amor é bom.

Amor sem tom,

Amor descompassado.



Amor de muitos

E poucos versos.

Amor disperso ou centrado!

Amor simples e complexo.



Eu sempre vou amar o amor

Enquanto eu existir?

Amar a mim!



Eu sempre vou amar o amor

Doce, amargo, com ou sem afago

É o amor que trago...Até o fim!


sábado, 29 de outubro de 2011

Sou o Sol




Sou o sol

Calor sufocante de beijos tesos

Suplicas de desejos sem meio termos.


Sou  o sol

Luz da tua imensidão

Poema em forma de emoção

Que escorre em suor de entrega

Do amor que não se nega!


Sou o sol

Farol do universo gelado

Antes perverso e desenganado

O meu verso veio como a flâmula de um anjo alado!


Sou  o sol

Vim amar o amor sem temor

Vim render-lhe meu sabor

Em querência de torpor.


Sou  o sol

Em espaço literal

Em essência universal

Em poesia carnal

Em transmutação astral...



sexta-feira, 28 de outubro de 2011

As Faces de Eva




Tantas em si encerrava
Que mal lembrava seu nome.
Loira, ruiva ou morena
Sempre em estado de fome.

Pois a vida que levava
Não era a vida que sonhava
O querer que embalava
Apenas a multiplicava.

Leve como pluma
Densa como martelo
Flutuava em bruma
Erigia seu castelo.

Todas em diversidade
Em vidas unas e paralelas.
Partilhando das mesmas vontades
Sorvendo em si todas elas.

Envolta em disparidade
E conscia de suas contradições
Foi viver sua verdade
Transbordar suas criações...

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

E Hoje Chorei




E hoje chorei...

Chorei por todas as coisas que não pude ser.

Por todos os sonhos que tive, que sei que ainda sou capaz, mas resto inerte.

E meu coração transbordou toda fúria, toda a mágoa contida, todo resto de vida.

E hoje chorei tanto que as lágrimas escorriam, não paravam, afogando-me.

Por todo meu amor que é desperdiçado, todo o meu ser que é diminuído, fruto até do meu egoísmo.

Meu espírito resta repisado no sentir. O corte é profundo, vejo carne, ossos, e não me vejo.

Hoje chorei pela minha saudade, por não entender porque às vezes sinto que Deus se esqueceu de mim.

Eu preciso encontrar o endereço de Deus e fazer-lhe boas perguntas!

Chorei que tremia de dor, como se mais uma vez eu não sentisse nada, como se eu fosse uma inexistência.

Chorei querendo ser uma folha de papel, e recomeçar a escrever tudo de novo.

Uma nova história de ser e de viver tão plena que rendesse uma saga completa.

Hoje meu coração morreu um pouco, mais um pouco, por lembrar-me do carinho perdido.

Preciso aprender que mesmo que fosse a Lua, o universo não gira em torno de mim...

Chorei tanto que fiquei cega.

E tornei a chorar sem fim...

A Bailarina




A bailarina em valsa solitária

Com sua sapatilha

Encantou-se assim...

Em robes de cetim

Da lua era filha

E linda valsava solta em seu jardim!

Oh terna bailariana

Que me ilumina

Em cada compasso

Sois dona do espaço

Que se abriu em mim!

Era um encanto

Ver o ser balanço

Livre em seu dançar.

Era um acalanto

Desses de remanso

Da alma se elevar...
 
Linda dançarina


Que a todos fascina

Louvei o seu amor.

Ama e sublima

Linda bailarina

Este espectador...


O Amor Que Me Transborda...




Mataram-me o amor inocente que tinha no peito.
Em bosque de noite, restei prostrada de joelhos.
Roguei clemência, mas, de fato, era tarde!
A rosa cravada e atravessada na alma já arde...
 
Antes não houvesse o bem te feito,
E tivesse mirado a ausência de reflexo em espelhos.
Deveria ter tragado as brumas em jardim sem alarde
E ter ocultado de mim todo sentido que me invade.
 
Em pureza perdidas pereci a cada beijo que me destes.
E esta dama que sou em parcas vestes
Quis guardar em si a inocência
A qual maculastes  em total displicência.
 
Aí de mim!  Estou em tormentas! Por favor acredite!
Não sou prata, ouro ou qualquer recompensa.
Essa humana forma ainda pensa
Ser possível o idílico amor de Afrodite!
 
Aí de mim!  Pois a estaca do amor foi fincada!
Eu, que antes fosse a essência do nada,
Jamais teria tido a paz suplantada
E restado em fervor de alma apaixonada...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Soneto Pós Tu





Hoje acordei sem letras
Assim, meio esperando que caissem do céu
Como chuva, como pensamento de ser um verso
Para formar a estrofe.

Hoje acordei meio que virada para Lua
Sem saber que a Lua gira em minha volta
Cada ciclo com uma face...
O que me encanta...

Hoje acordei vendo o fogo dos céus
Das nuances novas
Das ondas do mar e das marés.

Hoje acordei na praia, em transe de mim
Quase rouca sem fala
Lembrando de ti...

Amor Imortal



Mil anos hão de passar
Do júbilo que fascina
E ainda ascenderei ao altar
Em carne e tes de menina.

E sendo imortal em sentir
Em todas as dores e as benesses
Resolvi tecer em linho o amor,
Pois teu tear já não me esqueces...

Vaguei as vagas das ondas
Desvendei belezas oceânicas
Desviei-me de ti e de tuas rondas
Mas cai em tuas promessas platônicas.

Em mergulho de ti em mim
Sonhei doce profecia
De ser amada sem fim
No sabor da mais doce ambrosia.

A Guerra entre o Amor e a Paixão




Trêmula a fita em laço
No aguardo do derradeiro abraço
Perfídia em si consumada
Eisme sou o nada.

Tomada pelo cansaço
De guerras internas travadas
Cedi um único beijo
Pois rasgava-me o peito em desejo.

Retornando do vácuo perfeito
O amor,  tão pobre  sujeito,
Em fita presenteado
Restou guardado.

Aflito ao ver-me em paixão,
Comiserado do próprio destino,
Sucumbido em tácitas flâmulas
Desejoso de ser paladino.

Açoitaram-me a esperança
De conciliar amor e paixão
E os deuses por vingança
Levaram-me a inspiração.

A Guerra Entre O Amor e A Paixão

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Qual Lady Godiva




Qual Lady Godiva
Meus versos de olhares incautos se esquiva
Em prosa de diurna  lira
Flamejando palavras em pira.

Soltando-me as longas madeixas
Serena em amores qual gueixas
Secreto os meus sentidos,
Pois quero vê-los redimidos.

A paixão que me tens é perdulante
Não hás de tomar-me adiante
Sou alquimia em meus elementos
Sou éter banhada de vento.

Atravessei nua a viela
E não houve quem olhasse
Pensaste talvez – como é bela!
Sem , contudo, que me amasse.

Rendi toda forma de vida
Deixando a essência escrita
Da paixão restei dirimida
Em amor de prosa proscrita!




segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tuas Faltas





São nessas carências despudoradas

Das palavras que não me são ditas

Que aflita revolvo meus torpes conceitos

E dou-me leitos de sonhos desfeitos.



São nestes espaços de vento entre nós

Em que meu corpo conclama o teu

Quando a mim o silêncio é a voz

E assim tomo-te como se fosse meu.



Em ânsia de ter as perfeitas nuances

E ser vista em desejo que o corpo encerra

Dou-me em pedaços, assim de relances

Quando na alma em mim a fome impera.



E assim rasgando-me convulsivamente

Esquartejando em palavra a tes  que a carne reveste

Tivesses deixado-me em sede de água, de vida

Que em súplica do amor que não me destes!

Anjo Caído



E do céu cai...
Lentamente Perdi asas quando te vi.
Perdi-me de amor.
Só queria um beijo mortal
Que desse vazão ao que sinto.
E de tanto querer só o beijo
Perdi-me em querer.
E hoje, no limbo do desejo
De um único beijo
Molhado
De pecado
Fiquei sem ar,
Sufocando
De vontade
De beijar...
 

domingo, 23 de outubro de 2011

Ré confessa



Não lhe conheço, mas juntei pares de versos
E esta sou eu.
Triste, contente, resilente.
Doce e ópio.
Decretei a mim mesma duras penas.
Sem análises de dolo ou culpa, sou um tipo penal,
O qual necessita de prisão perpétua para atingir a liberdade.
Pouco a pouco me desvelo e crio outras...
Como um serial Killer mato o vellho e dou lugar ao novo.
Às vezes é um novo bom, mas nem sempre tenho êxito.
Estou em busca de um modelo imperfeito e incompleto.
Realístico.
Tento dominar meus bloqueios, dando lugar a entendimentos,
Mínimos entendimentos, pois o dia em que me entender completamente
Não restará lugar no reino de letras.
Meu crime é concretizar letras, as quais, postas em papel
Tornam-se letras mortas.
Sou ré confessa. Tirei vida de tantas letras, oriundas de vontades
As quais restam presas na jaula do meu subconsciente.
E essas letras, coitadas, mortas ou assim penso que estão,
Teimam em me perdoar e surgem novamente em minha inspiração...

sábado, 22 de outubro de 2011

Quando a Alma Fala


Preciso esperar menos
Para não crescer em melancolia
Não desperdiçar alegria
Entender meus fenômenos.

Preciso acordar e sentir
Que a importância de mim
A mim interessa, e se teu coração pulsar a mesa batida
Já temos dois aptos para a orquestra de nós.

Preciso entender que o amor
Mesmo não me preenchendo
É uma parcela do que me faz ser o que sou.
Nada me define, nem o amor.

Preciso respeitar meus dons
E alimentá-los com carinho.
Sou um templo em tempo de reforma.
Uma escultura semi lapidada, que às vezes dilapidam.
Preciso acreditar mais nos meus sonhos.
Mas são tantos...são os sonhos que movem meu ser.
Nego-me, terminantemente, a seguir padrões alheios.
Rolem lágrimas que tiverem que rolar.
Viverei meus mistérios, meus dramas internos.
É findo o tempo de se pedir perdão
Por se querem correr pelos andares de mim,
Pelo meu ser que tenta a felicidade.

Preciso apenas estabelecer as primeiras metas.
Em ordem de mim, em ode a mim.
Mesmo que trilhe sozinha os primeiros passos
Ao longo do caminho hei de encontrar parceiros.
Preciso seguir em movimento de alma
Rompendo essa inércia de ser e fazer o que sei que posso!
Sem medo de cair, conjurando essa onda magnética de vida.
Sinto que neste instante algo me ampara...
Preciso me lembrar de que mesmo sem saber o que quero,
Meu espírito sempre saberá voltar a um ponto seguro de referência.
E que tudo que preciso, os elementos, os instrumentos estarão disponíveis.
Pois sou ouríves de letras, marcineira de almas, luz da minha escuridão...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Quando a Alma Fala


Preciso esperar menos
Para não crescer em melancolia
Não desperdiçar alegria
Entender meus fenômenos.
Preciso acordar e sentir
Que a importância de mim
A mim interessa, e se teu coração pulsar a mesa batida
Já temos dois aptos para a orquestra de nós.
Preciso entender que o amor
Mesmo não me preenchendo
É uma parcela do que me faz ser o que sou.
Nada me define, nem o amor.
Preciso respeitar meus dons
E alimentá-los com carinho.
Sou um templo em tempo de reforma.
Uma escultura semi lapidada, que às vezes dilapidam.
Preciso acreditar mais nos meus sonhos.
Mas são tantos...são os sonhos que movem meu ser.
Nego-me, terminantemente, a seguir padrões alheios.
Rolem lágrimas que tiverem que rolar.
Viverei meus mistérios, meus dramas internos.
É findo o tempo de se pedir perdão
Por se querem correr pelos andares de mim,
Pelo meu ser que tenta a felicidade.
Preciso apenas estabelecer as primeiras metas.
Em ordem de mim, em ode a mim.
Mesmo que trilhe sozinha os primeiros passos
Ao longo do caminho hei de encontrar parceiros.
Preciso seguir em movimento de alma
Rompendo essa inércia de ser e fazer o que sei que posso!
Sem medo de cair, conjurando essa onda magnética de vida.
Sinto que neste instante algo me ampara...
Preciso me lembrar de que mesmo sem saber o que quero,
Meu espírito sempre saberá voltar a um ponto seguro de referência.
E que tudo que preciso, os elementos, os instrumentos estarão disponíveis.
Pois sou ouríves de letras, marcineira de almas, luz da minha escuridão...

Sonhos...de...Limbo



Inclinando-se à vida que lhe acenava o horizonte
Em doce murmúrio recorrente
Em fronte
Silente.

Eis-me, muito prazer!
Sou o tempo de estarrecer
Quase hora de entardecer
E ver.

Enclausurando o pensamento
Libertino descontentamento
Sopro febril desfolhando-me o vento
Já não sublimo nem lamento.

Refiz a face que me cerra
Refuguei toda vil quirera
Taciturna na dilente espera
Preparada ao tempo de guerra.

Voei qual canto de destempero
Em raios de desespero
Perfurei-te o peito e certeiro
Cravei-te...na alma...meu cheiro...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O BEIJO POÉTICO




Talvez eu seja isso
Um querer amar a tudo e aquilo...que não possuo...
Mas que nem por isso...deixo de querer....

Talvez eu seja o beijo
O que tu nunca recebestes...aquilo...que possuo...
É o beijo mais lascivo...que se pode querer...

Talvez eu seja isso
O beijo contido...que posso na poesia...escrever...

Talvez eu te beije...incontidamente...basta...querer....

...Beijos...

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Prelúdio Eterno do Amor

Meu amor resta aguardando
O ser amado. Contando horas em fantasia
Em pitadas de olhares, em mãos que não me tocam...
Mas desejam...

Meu amor resta num canto acuado
De canções sem fim, em mim ensimesmado,
Qual grito de volúpia que se esparrama
Por não ser tomado.

Meu amor percebe a chegada e se assusta
Como querendo e não querendo, em síntese,
Desfechando milhares de palavras
Para que não seja compreendido, só desejado.

Meu amor suplicou, desfez, aparelhou-se de princípios
Protegeu-se na distância, na moral
E resta sôfrego, sedento, furioso
Qual letra perdida que cai e nunca mais se juntou em  qualquer palavra.

Meu amor virou ópera
Interpretou papéis ocultando a protagonista.
Que resta só
Neste  eterno prelúdio de amor...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Anjo Negro


Caminho por entre sombras

Da minha iniqüidade

Meu vale é noite de lua

E velo teu sonho...


Suspiro teu beijo despido

Derramo-te meu aroma.

Sorrio-te o riso da entrega

Do pedido que fizestes...


Sigo teus passos serena

Em silente desejo lascivo

Amar-te é sina é pena

Tornando-me anjo cativo...


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A Palavra

Em meus momentos de silêncio
A palavra me completa
Sinto a fome da escrita
Daquela que a alma esperta!
Junto uma letra daqui
Outra ali jaz a sentença!
Surgem qual feito o ar
Sem pedir recompensa!
Tenho versos soltos na mão
Alma elevada em pontos.
São contos, poesias, Canção!
Palavras que vêm em sonhos!?
Nenhuma palavra é estática
Vivem vindo e indo qual poética.
Num mundo de encontro de letras
Todas em si magnéticas.
Tenho versos soltos e livres
Em busca de sentimento.
Venham palavras venham todas!
Em pesar ou contentamento!
E assim, as amo e as cultivo
Liricamente em festa!
Na intrínseca essência da vida
Da alma que já nasceu poeta!

domingo, 16 de outubro de 2011

Amor Próprio




Estou desenvolvendo uma arte própria.
A arte de ser EU.
De buscar sabor além dos pratos ofertados,
De novamente contestar...

Estou desenvolvendo uma arte tão genuína
E que talvez não sirva a mais ninguém!
Pois bem, a arte nunca é finda,
E há de, ao menos a mim, fazer bem.

Estou desenvolvendo uns preceitos
Um brilho novo, uma essência
Que vai repelir ou aproximar.

Arte que vem me encantando,
Pois em mim e por mim
Voltei a apaixonar...