quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O Amor Que Me Transborda...




Mataram-me o amor inocente que tinha no peito.
Em bosque de noite, restei prostrada de joelhos.
Roguei clemência, mas, de fato, era tarde!
A rosa cravada e atravessada na alma já arde...
 
Antes não houvesse o bem te feito,
E tivesse mirado a ausência de reflexo em espelhos.
Deveria ter tragado as brumas em jardim sem alarde
E ter ocultado de mim todo sentido que me invade.
 
Em pureza perdidas pereci a cada beijo que me destes.
E esta dama que sou em parcas vestes
Quis guardar em si a inocência
A qual maculastes  em total displicência.
 
Aí de mim!  Estou em tormentas! Por favor acredite!
Não sou prata, ouro ou qualquer recompensa.
Essa humana forma ainda pensa
Ser possível o idílico amor de Afrodite!
 
Aí de mim!  Pois a estaca do amor foi fincada!
Eu, que antes fosse a essência do nada,
Jamais teria tido a paz suplantada
E restado em fervor de alma apaixonada...

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