sexta-feira, 29 de novembro de 2013

22 SEMANAS



Nesta caminhada, tu e eu,
Antes eu e o nada...
A estrada vestiu-se de flores
Meu ventre apossou-se de amores
E os candelabros suspensos
Aguardam serem a luz do nosso baile.
Meus olhos são teu profundo berço
O começo ainda que no futuro
Quando o destino seguro der-te a mão
Eu ainda serei refém do teu sorriso
E tu a guardiã do meu coração.
Entre nós ainda o tempo,
E todo sentimento tão próprio
Que acompanha a desejada espera.
De tantas eras em que o mundo caminha
Tu singela filha minha
É o acontecimento maior
Do meu espírito.
Saída dos meus sonhos mais puros
Na delicadeza com que te nomino
A razão além de qualquer desatino
A loucura mais doce de alguém
Que a vida gera,
Meu milagre,
O poder,

A redenção!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

PARA ANA AMÉLIA



A todos os pseudo amores
Que me fizeram pensar que o amor
Um dia tive, digo sem pesar do meu engano
Posto que hoje, enfim, o amor em mim vive.
De fato é o amor que me ilumina,
Essa menina, filha do sol, afilhada da lua
Que me nina, pequenina, e me desperta
Aurora pura.
Da vida quase louca, corrida que me permeia
Tudo deveras fora um castelo de areia
Antes desta existência.
A todos os quase amados
Sem enfado resta em mim guardado
A lembrança
E o exercício da ternura.
Nunca amei antes,
Com tamanha intensidade
Como já amo minha filha
Pedaço de mim e do meu amor
Essência da mais sublime
Doçura.
(Mamãe)