domingo, 3 de março de 2013

ERA UMA VEZ




Pode ser que eu nunca mais te veja
E seja um corpo que deseja o teu amor...Tanto ainda demais!
E que a paz seja mesmo esse fogo que ardeja, a saudade que lateja
Nos confins dos meus infinitos ais.
E que eu me recorde de quando te tive
Como algo que vive ainda queimando dentro de mim
E que um sem fim de coisas ainda precise dizer
Antes que se decrete o nosso fim.

Pode ser que eu nunca mais te veja
E que derrame um rio de sal na imensidão
Que meu coração doente não suporte e tente
Encontrar-te nas fissuras da paixão.
E que eu ainda que diga que não quero
Perceba no teu singelo silêncio um sim
E caminhe em direção do horizonte
Sabendo que o amor ainda pensa em mim.

E que teu corpo me encontre
Em alguma ponte entre as pedras que esculpi
E que meu grito rompa toda essa falta
Que eu sinto de algo que nem sei
Se ainda é possível existir.

Pode ser que um dia
Tudo esteja além do futuro ou passado.
E que eu seja o teu presente
O teu anseio mais desejado
E que meu riso latente
Te faça
Meu eterno namorado.

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