quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

MARLI

                                                              (Minha mãe Marli e eu)

Seria ela uma anjo disfarçado, passando rápido por este plano?
Ou era meu  o engano de assim pensar só porquê ainda a amo.
Talvez eu use a figura do tempo, esse que parece voltar além de nós,
E que alguma voz da minha infância seja o pêndulo
A dizer que nunca estamos a sós.
Ainda através desse cordão umbilical, sou semente fruto do amor,
Brotando minha própria corrente,
Semeando tal qual uma flor.
De quando em quando ainda me pego
Recordando, apenas recordando...
Das tardes de cachoeira, dos natais abençoados
Das páscoas com ninhos e coelhinhos,
Das festas juninas e demais feriados.
Da sua simplicidade instigante
Do seu sorriso adorável...
Dos instantes que ainda tenho claros
Dos ensinamentos que restam tão caros
De toda a  doçura e do riso,
Meu peito é apenas a pista de pouso
De um sentimento que jamais foi embargado.
Das certezas que trago na vida,
Sempre estivestes ao meu lado,
Mas  permaneces mais que mãe e amiga,
Segues como meu lindo anjo disfarçado...


Nenhum comentário:

Postar um comentário