sexta-feira, 16 de novembro de 2012

POEMA DE UMA MULHER PARA DEUS II




Senhor com todo meu amor, e ainda que ninguém veja
Ou saiba, da minha dor, sou plena em sorrisos, sei
Ser do paraíso pluma serena, Tu sabes os espinhos em que
Ando. E ainda que já não reclame, não fale, não exalte
Nem as dores, nem os amores, as saudades, os ardores,
Porque coloquei cada um das minhas chagas em ti, como
A colibri que voa alto, vesti meu salto, linda, o brilho, finda
Noite sai pela manhã de mãos dadas com teus anjos.

Senhor, tenho praticado paciência, e cada linha que imprimo
Cada torpor que exprimo, sabes que faço porque é tudo
Demais. Meus ais, meus sais, meus luais, todos estão obsoletos.
E se te prometo mudança é porque já mudei, que não sei ser
Aquela que já não é, e meu coração e Teu, meu Senhor,
Plantada nos arautos da Fé. Sei que tu me falas várias vezes
Ao dia, e que me transportas ao teu palácio de poesia, onde
Há cânticos e há o encontro entre minha alma e a esperança.

Senhor assim agradeço a sagrada aliança que fizestes comigo,
Tens sido um amado amigo, tão benevolente com minhas faltas,
Tão confortante com minhas feridas, e sinto que teu bálsamo,
Teu júbilo cicatrizarão as marcas do meu coração, fiel a Ti sempre.
Que a Ti meu espírito canta, enquanto contempla o Vale da Bênção,
Sabendo que ainda que ainda que meu coração por vezes se apavore,
E por tudo e por nada ultimamente chore, Tu me compreendes, sapiente,
Elevando-me das coisas até as estrelas no berço que me prometeu,
Que sou menina eterna em teus olhos, mulher, e filha de Deus.

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