quinta-feira, 29 de agosto de 2013

DAS CAUSAS E DOS EFEITOS



Desses dias meio parados e azedos
Dos cheiros que me chegam estranhos
Do frio sem razão
Dos tamanhos
Dos medos
Do descontrole que me rodeia
Eu espreito o semblante do tempo.
Como sempre ele me pede mais paciência
Que eu divido em:

(PÁz+CIÊNCIA)

Essa arte de me desligar das  causas
De tentar controlar os efeitos.
Eu mudei a minha forma de ver a poesia
De sentir que o sentido precisa ser claro
De tentar desvendar enigmas.

Eu não desafio o tempo
Eu não construo templos
Nem faço apologia.
Não posso dizer do vazio da noite
Que agora durmo
Não posso dizer da solidão do dia
Que agora tenho companhia.

Que dizer quando não se tem nada,
Quando todo exercício intrínseco parece
Forçar a pseudo intelectualidade que inspira?

Meus pensamentos já soaram liras
Já entoaram paixões
Já mataram amores
E ressuscitaram razões.

Meus pensamentos já atearam piras
Já fomentaram dragões
Além de figuras
E me apaziguaram na ciência
Que construo

Sem teoremas ou regras rígidas. 

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