quarta-feira, 19 de abril de 2017

POEMA DA TRANSFORMAÇÃO



Ainda é outono e meu sono pertence à liberdade.
A saudade me reconhece além do abandono,
Aquilo que antes foi posto como regra,
Tornou-se a exceção.

Abraço longamente esperança todas as manhãs.
O despertar  vagaroso e sorridente, tem o efeito
O qual nenhum compêndio consegue descrever
Revigorando o meu existir dou-me ao princípio...

Reverbero sabores de maçãs, cafés e morango,
Notas de almíscar e temperos que desconheço,
O pouco que me reservo de sonho eu adoço
E aos poucos recolho o orvalho que me banha.

Na mística que insisto mergulhar meu corpo,
Na quântica que inspiro meus pensamentos,
Na lógica que fulcro cada ato sacro
Recrio a vanguarda do espírito.

Nada é posto até que a palavra seja plantada
Feito lenha do porvir
A acender meu coração
Na busca do inescrutável
Que domina a imensidão...

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