quinta-feira, 14 de junho de 2012

ALMA DESNUDA




Meu amor, ainda que fique dias sem te escrever
Que fique no silêncio de mim construindo-te
Todos os dias penso em ti com toda sensibilidade
Com tamanho amor, desejo, volúpia que mil versos
Não esgotariam todo esse louco e desmedido amor.

Saberiam os anjos, os seres pequeninos, as falésias
As conchas, as pérolas, as areias que nelas se
Esconderam e viraram jóias que aquilo que escondo
Dentro de mim é o maior tesouro o que importa,
A razão além da paixão que a alma exorta.

Há em meu mar, o amar que queres
O querer de todos os quereres meu doce enlace
Meu doce rogo, minha boca que aquece
O frio além do fogo!

Quando tua boca diz da promessa dos beijos
Como se as glórias não fossem histórias de ensejos
E teu toque transbordasse-me
Como seu tudo que sou fosse irreal
E a fantasia, essa prece em pressa de amar
É tudo que se quisesse!

Estilhaçada carne rosa em flor!
Pura saudade
Nessa vontade de ser teu amor!

Oh ternura que me alucina!
Que minha alma é tão nua
Que amar-te é loucura é sina!

E me sinto despudoradamente tua.

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