sábado, 16 de junho de 2012

UM AMOR CARNAL




Já não diga amar se amor me tenhas
Nos desejos todos que contenhas
Das volúpias mil que dilaceraram
Aos espelhos estilhaços obliteram.

Que conheço o sabor da luxúria
Carmim como as silvestres amoras
E se os meus lábios adoras
Não os toma de forma espúria.

Já não diga amar se amor me tenhas
Que o amor não é apenas o que te convenhas
É o infinito sentir além do dessentir
É o estar além do que se quer permitir.

Que a paixão com o tempo se apaga
Como a luz da estrela que só vaga
E queixosa vem me contar da solidão
Pois que amar é carnal e gostar por gostar é perfeição!



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