quarta-feira, 13 de junho de 2012

EU VIM FALAR DE AMOR




Eu querida falar disso todo dia, que se vivesse,
Que se recolhesse orvalhado cá dentro.
Queria que o amor não tivesse preço
Nem interesse que só fosse o amor por si mesmo.

Que me esperasse na esquina que me visse menina.
Que passasse por mim e respirasse o aroma que sonha.
Não queria que a fala do amor terminasse hoje,
Como essas datas de calendário.

Não me dê presentes
Reinvente-se!

Dispenso o teu brilhante.
Aceito o teu espumante.

Que me jogasse dentro
De ti.

E me ama
No regato do mato
No concreto ato
No indiscreto modo
Em que me acomoda
Toda prosa.

Um amor de verdade
Uma paixão que avassale.

Sem o qual eu não seja
Aquela que sou
Acompanhante da solidão
Em busca da derradeira paixão.

É que de tanto amar
A loucura me fez
Desvairada.

Por hoje te quero
Amo em uma vontade
Dilacerada!

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