domingo, 26 de agosto de 2012

POEMA PARA MEU AMADO





                                                         Para Éter...
                                                          Aquele que sabe
                                                         Quem é...

Amo-te, sei que te amo, e tudo que possa ainda ser dito, sentido,
É vivido, havido entre nós, mas preciso, hoje, reafirmar-te,
Meu amado, além da minha voz, e da tua, a vibração sublime do amar.

O amor, talvez, seja mesmo esse acontecimento que cega, oblitera!
Essa fome de entrega, uma busca própria pelos elos de carinho.
Essa ânsia que nos prega, desprega e nos leva a campos do sentir,
Que restam impregnados no inconsciente e que na fusão de nós passa existir.

Amo-te além da poesia, a poesia jamais contemplará tudo o que sou.
A poesia tem partes de mim, das coisas fragmentadas de quem
Vê nas letras um espaço de calma da alma,
Onde o reflexo espectral da força do amor constrói o momento,
Eleva o sentimento no ar que te respiro,
No desejo que por ti suspiro.

Amo-te porque conheço teu perfume, inebriante -  e tu sabes!
Perco-me em teu olhar quando no instante fascinante das verdades
Desnudo - despido de tudo -  tu acendes-me a chama da paixão.
Lanço-me como aquilo que sou - incandescente flâmula e teu brasão.

Amo-te pelo sorriso e pelas lágrimas, não que estas precisem ser
Constantes...Prefiro quando tu és o gozo de vida, e dá-se ao riso,
Um sorrir sem pensar no amanhã, somente em nossos vendavais,
Quando toda a intensidade do querer nos fale.
E assim, antes que eu me cale nessas linhas, preciso que guarde algo:
Que saibas que o amor não é perfeito, que tudo o que possa ser pensado
Escrito sobre o caminhar a dois já o foi...
E que nem por isso eu, tu, nós somos repetições de amores passados.
Cada encontro de almas é único!

Dizer eu te amo é fácil, amado meu,
Mas sentir e demonstrar,
Semear e colher,
Querer e se perder
E fazer acontecer  são os verdadeiros milagres!

Que se na vida amar se aprende amando,
Toma-me nesse encontro do agora
Em que ainda que a vida leve-me embora,
Posto que efêmera, sinto
No mais profundo de mim que o amor
Sempre acabará nos reencontrando.

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