segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

FAZER AMOR NA POESIA -II




Aquietarias tua alma se recostasses
Tua cabeça em meu peito, com jeito,
Para me ouvir falar de amor?
Olharias meus olhos para quanto além de mim?
Sou uma garota apenas que precisa
De um sonho paupável...
E qual flor trarias para que eu te sorrisse
E derrama-se em tua boca
O doce que me arde?
É quase noite meu bem,
Seria difícil que eu te visse
E deixasse que fosses, mas minha alma
Aprendeu que só se perde
Aquilo que nunca foi teu.
Saberias o que se passa em mim amor?
Essa febre que me persegue
Essa saudade que me mata
Esse sufoco de tê-lo tão pouco
Ou quase nada?
Talvez quem precisa do teu peito sou eu
Como pouso das minhas asas.
Eu que volito entre teus céus,
Em tons pastéis e te pinto
Em todos os papéis?

Talvez tu me queiras
Além da fusão carnal
Neste nosso jardim secreto.

Onde o amor se faça
Todo dia
Enquanto houver poesia.

2 comentários:

  1. .

    --- Ah! Essas almas sedentas de amor!
    Ah!Essas almas dadivosas que clamam
    Por uma amor adormecido que não vem!
    Será fastio de amor, amor sem poesia?
    Ou surdo amor que não ouve teu chamar
    Ou sussuras para quem não quer ouvir?


    Belo poema, Mirian! Boa tarde!

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  2. Lindo mesmo, amiga! Lírico, doloroso, de uma paixão necessária.

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