terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O PLEITO AO TEMPO




Quando uma última tarde chegar, ao critério do tempo,
Espero dizer ao nada que me veja, que me venha sereno,
Que amei muito, tanto quanto coube no coração pequeno.

Nem todo amor me cabe no peito.
Existem caixas com diversas cores e tamanhos,
Onde vibram de acordo com suas intensidades.
Existem amores idos, dados, alguns esquecidos que
Merecem ser lembrados, nesses minúsculos quadrados.

Ainda serei capaz de nominá-los, em que pese não estejam
Etiquetados, cada feixe de sentir – perceba-se amor não se acaba
Transpassa meu ser, persistindo o bom, a ser exaltado.

Indago ao tempo mais tempo.
Para que todo o amor 
Que ainda possa sentir
Seja plenamente realizado.

Tempo! Tempo daí-me tempo de amar
De toda serenata ao luar, das flores
Que estão por nascer, quero vê-las!

Tempo, tempo entrega
O infinito a mim
E assim amarei
Todo o amor que
Há de habitar em mim!



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