quinta-feira, 19 de julho de 2012

O NOVO TEMPLO DO AMOR




Quando o  velho amor deixou de ser neve
E em gotas vermelhas as flores foram regadas
E as horas pranteadas ao invés de ser amada
Anunciastes em dores absortas a partida breve.

Em frente ao um templo que julgava posto
Num passado que temia esquecido, descomposto
Reergui-me em novos preceitos os escombros de mim.
Sem assombro transpirei o doce inefável do alecrim.

Misturado a baunilha e o mel que ainda exalavam pó
Como a lembrança da solidão que assolou-me sem dó.
Feriam-me os trapos partidos da escória de onde vim 
Até que pouco a pouco foram trocados por novo cetim.

Mesclei novos tons puros que incendiassem uma trilha
De Roma a Paris...quiça como uma estrela que brilha
Tomada por uma vontade de vida de da-se em essência
A alguma alma que vislumbrasse a minha real imanência.



Ungida
Sou um novo ser
Que levita e reluz
Sem dor.
Porque voltou a crer

Na bendita luz
Do amor.


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