terça-feira, 10 de julho de 2012

DELÍRIOS DE UMA FLOR




Talvez se não fosse rosa
Não te ferissem
Meus espinhos
E caminhasse sem um sol
Que me queimasse.
Sem o peso dos ombros
E dos anos que ainda
Não sabem buscam um farol.

E não ardesse em delírios.

E certa do que sou
Como seta no rumo dos ventos
Como pétalas que se perderam
Junto dos meus lamentos.
Ainda trêmula das horas vou.

Eu sou só.
Eu sou pó.
Eu sou dó.

Matei um cravo que amei
Quando cravei o canto da dor!

Crédulo delirante o pobre não sabia
Que a espada
Meu peito também atravessei.

Porque mataram da vida
A minha própria poesia.

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